Outra que se encontra nesse limbo 🙋🏻♀️. É exatamente isso: persistir, mas a falta de um sinal de que esse esforço repetitivo e vendado está me levando a algum lugar deixa a caminhada mais difícil ainda. Não há o que fazer, apenas insistir na esperança descabida em nós mesmas.
O conforto em perceber que ta quase todo mundo nesse “ tempo do meio”. O tempo é nos dado todos os dias mas até algo tão concreto visto no relógio na verdade é completamente subjetivo. Viver por viver ou viver para algo/ a espera de algo? Difícil. Maravilhoso texto de uma frustração global dos nossos tempos modernos. Essa foi minha leitura antes de dormir. Nova inscrita :)
Isabelle, querida! Muito obrigada pelo comentário. Estamos todas no mesmo barco o que, na verdade, não alivia nada, mas traz pelo menos uma sensação de pertencimento, né?
Cheguei nesse texto agora, quase um mês depois, sem querer, porque compartilharam uma note com a citação da Clarice (desse livro que já me salvou incontáveis vezes - e continua me salvando).
Também estou no tempo do meio. Estou no tempo do meio já há alguns meses, mas tendo sido visitada por um turbilhão de acontecimentos que mal pude segurar. Um daqueles momentos em que tudo parece uma piada de mau gosto que se combinou secretamente de acontecer ao mesmo tempo, mas seguimos mesmo assim. E então as revoluções cessaram e sobrou somente esse silêncio imenso. E então, logo hoje cedo, abri um word e, dentre outras coisas, escrevi isso:
"Não sei mais de quantas formas posso dizer que não sei. Eu mal sei o que perguntar. Me pergunto, então, o que estou fazendo de errado, e não pareço receber uma resposta. Me pergunto, então, o que posso fazer - não há mesmo algo que eu possa fazer? A resposta ainda é não, nada. Me pergunto, então, por quê? O que? Quando? Quem? Você promete?"
De alguma forma, seu texto foi um sinal que me encontrou, então, o mínimo que posso fazer, é compartilhá-lo contigo: tenho G.H. tatuado no braço em homenagem a uma passagem do livro que repito como uma oração. Ao compartilhá-la aqui, percebi que era exatamente o encaixe, uma resposta (olha a ousadia) para tudo isso que escrevi hoje mais cedo: "Enviei o meu anjo para aparelhar o caminho diante de mim e para avisar às pedras que eu ia chegar e que se adoçassem à minha incompreensão.”
Boa sorte para nós e que os tempos mais gentis nos encontrem 💐💙 (se olharmos pra trás, veremos eles sempre nos encontraram)
Que comentário bonito e denso – parece que você escreveu com as mãos cheias de sentimento, e eu sinto cada palavra como quem reconhece uma dor familiar. Esse "tempo do meio" é um lugar estranho, né? Entre o que já foi e o que ainda não chegou, ficamos tentando traduzir a ausência de respostas em perguntas mais precisas – mas nem sempre conseguimos.
Esse trecho de A Paixão Segundo G.H. sempre me soa como um lembrete de que, mesmo na confusão ou no vazio, há algo a nos preceder, nos preparando para o que virá, ainda que não saibamos nomear. E seu texto, com todas as perguntas abertas, me lembrou que às vezes é na falta de respostas que encontramos um tipo estranho de companhia – o não saber também é um lugar onde a gente se encontra.
Obrigada por compartilhar isso comigo. Que a gente siga, mesmo quando tudo parecer uma piada de mau gosto, e que os tempos mais gentis cheguem logo. 💙💐
nossa Tami, que texto lindo! me encontro exatamente nesse lugar e ler tudo o que to sentindo pelas palavras de outra pessoa, com tanta sinceridade e gentileza é reconfortante. espero que seu livro saia mesmo! você é uma excelente escritora
Sinal dos tempos... que parecem não querer dar sinais. Quando nem o eco da sua própria voz retorna, talvez seja a hora de explorar mais a fundo esse lugar pisando em ovos. Bom, é o que eu tenho me proposto a fazer, alternando com rápidos momentos de lamentação (não vitimismo!). Muito bom o seu texto!
Ainda não terminei a leitura, mas o tema "tempo do meio" me lembrou a música Best Days da Alessia Cara. Ela fala muito mais sobre nostalgia, mas tem um trecho que tem tudo a ver com o seu texto: "Você vive e depois morre, mas a pílula mais difícil de engolir é o enquanto isso (o tempo do meio). Seriam os melhores dias da vida aqueles que sobrevivemos?".
Também estou no tempo do meio e me deparar com esse texto nesse exato momento trouxe paz para essas mudanças abruptas de tom! Obrigada Tamires, as vezes me sinto nadando cansada sem perspectivas de bordas pra segurar ou terra pra pisar, o que resta é as vezes tentar olhar pro céu e pra beleza da água 💙
Muito bom ler aquilo que muitas vezes tenho dificuldade de dizer, é como se ao ler eu estivesse falando comigo mesma. Obrigada pelo texto, por aqui estamos no mesmo rumo seja ele qual for 🫶🏽
Outra que se encontra nesse limbo 🙋🏻♀️. É exatamente isso: persistir, mas a falta de um sinal de que esse esforço repetitivo e vendado está me levando a algum lugar deixa a caminhada mais difícil ainda. Não há o que fazer, apenas insistir na esperança descabida em nós mesmas.
Exatamente, Samara. É horrível, mas a única opção é a repetição daquilo que a gente < acredita > que vai funcionar. Boa sorte para nós!
O conforto em perceber que ta quase todo mundo nesse “ tempo do meio”. O tempo é nos dado todos os dias mas até algo tão concreto visto no relógio na verdade é completamente subjetivo. Viver por viver ou viver para algo/ a espera de algo? Difícil. Maravilhoso texto de uma frustração global dos nossos tempos modernos. Essa foi minha leitura antes de dormir. Nova inscrita :)
Isabelle, querida! Muito obrigada pelo comentário. Estamos todas no mesmo barco o que, na verdade, não alivia nada, mas traz pelo menos uma sensação de pertencimento, né?
Tenho o palpite de que você está dentro da minha cabeça. Simplesmente uau!! ♥️
Hahah eu tenho tantos pensamentos por minuto que não duvido! <3
Cheguei nesse texto agora, quase um mês depois, sem querer, porque compartilharam uma note com a citação da Clarice (desse livro que já me salvou incontáveis vezes - e continua me salvando).
Também estou no tempo do meio. Estou no tempo do meio já há alguns meses, mas tendo sido visitada por um turbilhão de acontecimentos que mal pude segurar. Um daqueles momentos em que tudo parece uma piada de mau gosto que se combinou secretamente de acontecer ao mesmo tempo, mas seguimos mesmo assim. E então as revoluções cessaram e sobrou somente esse silêncio imenso. E então, logo hoje cedo, abri um word e, dentre outras coisas, escrevi isso:
"Não sei mais de quantas formas posso dizer que não sei. Eu mal sei o que perguntar. Me pergunto, então, o que estou fazendo de errado, e não pareço receber uma resposta. Me pergunto, então, o que posso fazer - não há mesmo algo que eu possa fazer? A resposta ainda é não, nada. Me pergunto, então, por quê? O que? Quando? Quem? Você promete?"
De alguma forma, seu texto foi um sinal que me encontrou, então, o mínimo que posso fazer, é compartilhá-lo contigo: tenho G.H. tatuado no braço em homenagem a uma passagem do livro que repito como uma oração. Ao compartilhá-la aqui, percebi que era exatamente o encaixe, uma resposta (olha a ousadia) para tudo isso que escrevi hoje mais cedo: "Enviei o meu anjo para aparelhar o caminho diante de mim e para avisar às pedras que eu ia chegar e que se adoçassem à minha incompreensão.”
Boa sorte para nós e que os tempos mais gentis nos encontrem 💐💙 (se olharmos pra trás, veremos eles sempre nos encontraram)
Que comentário bonito e denso – parece que você escreveu com as mãos cheias de sentimento, e eu sinto cada palavra como quem reconhece uma dor familiar. Esse "tempo do meio" é um lugar estranho, né? Entre o que já foi e o que ainda não chegou, ficamos tentando traduzir a ausência de respostas em perguntas mais precisas – mas nem sempre conseguimos.
Esse trecho de A Paixão Segundo G.H. sempre me soa como um lembrete de que, mesmo na confusão ou no vazio, há algo a nos preceder, nos preparando para o que virá, ainda que não saibamos nomear. E seu texto, com todas as perguntas abertas, me lembrou que às vezes é na falta de respostas que encontramos um tipo estranho de companhia – o não saber também é um lugar onde a gente se encontra.
Obrigada por compartilhar isso comigo. Que a gente siga, mesmo quando tudo parecer uma piada de mau gosto, e que os tempos mais gentis cheguem logo. 💙💐
nossa Tami, que texto lindo! me encontro exatamente nesse lugar e ler tudo o que to sentindo pelas palavras de outra pessoa, com tanta sinceridade e gentileza é reconfortante. espero que seu livro saia mesmo! você é uma excelente escritora
Como é bom ler um texto, se reconhecer nele e sentir que não estou sozinha nesse “tempo do meio”! Obrigada 💙
Laaaaara 💙
Você realmente conseguiu descrever algo que sinto. Que texto incrível!!!!!
Muito obrigada, Larissa! Me dá algum alívio saber que não estou sozinha. 💙
Minha leitura antes de dormir <3 Seu futuro é brilhante, não desista
querida 😭😭😭 muito obrigada
Sinal dos tempos... que parecem não querer dar sinais. Quando nem o eco da sua própria voz retorna, talvez seja a hora de explorar mais a fundo esse lugar pisando em ovos. Bom, é o que eu tenho me proposto a fazer, alternando com rápidos momentos de lamentação (não vitimismo!). Muito bom o seu texto!
O vitimismo é uma armadilha. Estive presa nisso durante muito tempo e, vez ou outra, ainda flerto.
Obrigada, 💙.
Continue escrevendo, por favor <3
🫡💙
Ainda não terminei a leitura, mas o tema "tempo do meio" me lembrou a música Best Days da Alessia Cara. Ela fala muito mais sobre nostalgia, mas tem um trecho que tem tudo a ver com o seu texto: "Você vive e depois morre, mas a pílula mais difícil de engolir é o enquanto isso (o tempo do meio). Seriam os melhores dias da vida aqueles que sobrevivemos?".
ouvi e amei 💙
Também estou no tempo do meio e me deparar com esse texto nesse exato momento trouxe paz para essas mudanças abruptas de tom! Obrigada Tamires, as vezes me sinto nadando cansada sem perspectivas de bordas pra segurar ou terra pra pisar, o que resta é as vezes tentar olhar pro céu e pra beleza da água 💙
obrigada, Fernanda! espero que boas notícias cheguem para nós (e logo 💙).
Também aqui se vive o tempo do meio. E eu que sou tão impaciente… Revi-me muito no texto 💙
Essa impaciência acaba com a gente. Ela é o lado oposto da confiança, que é tão necessária nessa fase.
Acho que, de todos os seus textos que já li, esse é o que mais me vi. Fique arrepiada. Ando também esperando um sinal...
Nosso sinal vai chegar, Gabi (tem que chegar, pldds!!!)
Muito bom ler aquilo que muitas vezes tenho dificuldade de dizer, é como se ao ler eu estivesse falando comigo mesma. Obrigada pelo texto, por aqui estamos no mesmo rumo seja ele qual for 🫶🏽
Isabella, muito obrigada! Fico feliz em ter conseguido traduzir o que você sente. Que tenhamos mais sorte daqui p/ frente. <3
Wow, ler esse texto foi como ver meus pensamentos "materializados". Incrível!!!
Muito obrigada, Gaby 🥺💙